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ANTES DO SISMO:
 
PREPARE A SUA CASA: Liberte as saídas e os corredores de móveis e outros objectos. Fixe as estantes ou móveis pesados, as botijas de gás, os vasos e floreiras às paredes de sua casa. Coloque os objectos mais pesados nas prateleiras mais baixas das estantes.
Não localize as camas perto de janelas ou debaixo de candeeiros. Cuidado com os vidros!
 
EXECUTE UM PROGRAMA DE PROTECÇÃO.
 
Os adultos e as crianças devem dialogar sobre o que se deve fazer se ocorrer um sismo. Ensine às crianças como desligar a electricidade, a água e o gás. Identifique os locais mais seguros de sua casa ou do local de trabalho: Vãos de portas, de preferência em paredes mestras. Cantos das salas. Debaixo de mesas, camas ou outras superfícies resistentes.
 
OS LOCAIS MAIS PERIGOSOS: Elevadores. Junto a janelas, espelhos e chaminés. No meio das salas. Saídas.
 
TENHA SEMPRE À MÃO UM KIT DE EMERGÊNCIA: Lanterna a pilhas. Rádio portátil a pilhas. Pilhas de reserva. Estojo de primeiros socorros. Medicamentos mais necessários. Extintor de incêndios (informe-se nos bombeiros locais de como utilizar um extintor e não se esqueça de o recarregar todos os anos).
 
TENHA SEMPRE ARMAZENADOS ÁGUA E ALIMENTOS ENLATADOS PARA 2 OU 3 DIAS.
 
DURANTE O SISMO: Mantenha a CALMA.
 
SE ESTIVER EM CASA: Dirija-se para um canto da sala ou quarto, ou proteja-se debaixo das ombreiras das portas ou de algum móvel sólido, como mesas ou camas. Ajoelhe-se e proteja a cabeça e os olhos com as mãos. Mantenha-se afastado de janelas, espelhos, chaminés e outros objectos que possam cair. Se estiver num grande edifício, não se precipite para as saídas. As escadas podem ficar congestionadas. Nunca utilize os elevadores.
 
SE ESTIVER NA RUA: Mantenha-se afastado dos edifícios altos, postes de electricidade e outros objectos que possam cair-lhe em cima. Dirija-se para um local aberto.
 
SE FOR A CONDUZIR: Pare a viatura longe de edifícios, muros, encostas, postos e cabos de alta tensão e permaneça dentro dela.
 
NOS PRIMEIROS MINUTOS APÓS O SISMO: Mantenha a CALMA mas conte com a existência de possíveis réplicas. Não acenda fósforos nem isqueiros, pois pode haver fugas de gás. Corte imediatamente o gás, a electricidade e a água. Observe se a sua casa sofreu danos graves. Saia imediatamente se não for segura.
 
NUNCA UTILIZE ELEVADORES: Cuidado com vidros partidos ou cabos de electricidade. Não toque em objectos metálicos que estejam em contacto com fios eléctricos. Evite ferimentos protegendo-se com roupa adequada. Vista calças, camisa de mangas compridas e calce sapatos fortes. Observe se há pequenos incêndios e extinga-os. Limpe urgentemente o derrame de tintas, pesticidas e outros materiais perigosos e inflamáveis. Afaste-se das praias. Depois de um sismo pode produzir-se um tsunami (onda gigante). Solte os animais, eles tratam de si próprios. Se estiver na rua, não vá para casa. Se houver feridos, ajude-os, se souber. Mas cuidado, não trate de remover feridos com fracturas, a não ser que haja perigo de incêndio, inundação ou derrocada. Peça ajuda. Ligue o rádio e fique atento às recomendações difundidas Os adultos e as crianças devem dialogar sobre o que se deve fazer se ocorrer um sismo.

O QUE FAZER E NÃO FAZER EM CASO DE SISMO?

Portugal continental está numa zona de risco sísmico moderado. A localização perto da fronteira entre as placas euroasiática e africana e a existência de um conjunto de falhas activas junto à costa e mesmo no território fazem com que o País tenha uma actividade sísmica moderada, pautada por eventos de grande intensidade, mas muito separados no tempo. No contexto mundial, há zonas muito piores, nomeadamente no Pacífico. No contexto europeu, Itália e Grécia estão numa situação mais complicada, mas logo a seguir aparecem Portugal e Espanha. Ou seja, a zona do Mediterrâneo, afectada pela convergência entre as placas europeia e africana. Os Açores, perto da Crista Média Atlântica, uma cordilheira submarina que divide e atravessa o oceano no sentido sul/norte, estão também numa zona complicada. Mas no Continente o risco não é o mesmo em todo o território. Diminui de sul para norte. Algarve, Alentejo, Lisboa e região oeste são as zonas com mais risco, enquanto o Norte tem estado a salvo dos eventos mais destrutivos. Isto porque estes geralmente têm origem a sudoeste do cabo de São Vicente.

QUAL É O RISCO SÍSMICO EM TERRITÓRIO PORTUGUÊS?

O sismo de Benavente, matou 60 pessoas e destruiu praticamente todas as casas da povoação. Apesar da devastação, está muito longe de ser o pior sismo que atingiu o território português, que foi regularmente palco de grandes eventos. A história recorda sobretudo o grande terramoto de 1755, que destruiu a capital portuguesa. Primeiro, pelos abalos, depois, pelo fogo e ainda por um terrível tsunami. Não há números precisos sobre as vítimas mortais, mas alguns cálculos mencionam entre 30 mil e 80 mil. Pelo menos um sexto da população da cidade terá perecido. Lisboa sofreu grandes estragos também em 1356 e em 1531, dois sismos de que há relatos da época. No caso do século XVI, existem referências a grandes estragos e há estimativas de que a cidade pode ter perdido 2% da sua população da época. Há numerosos sismos que produziram referências escritas, mas cuja natureza ou epicentro não podem ser estabelecidos. Entre outros, os de 1017, 1344, 1748, 63. Muitos portugueses deverão recordar-se do sismo de 1969, que causou o pânico na capital portuguesa, sem provocar estragos. Nos Açores, a actividade sísmica é igualmente intensa, com vários eventos importantes nos últimos cem anos: 1926 (Horta), 1964 (São Jorge), 1980 (Terceira) e 1998 (Faial). O da Terceira matou 71 pessoas.

QUAIS FORAM OS ÚLTIMOS GRANDES SISMOS?

Os sismos sentidos no território português estão ligados a falhas geológicas bem conhecidas. Há três famílias principais de sismos em Portugal: os que estão ligados à falha de São Vicente, que fica na região do oceano Atlântico do Banco de Gorringe, os açorianos, e os do estuário do Tejo, ligados à falha do Vale Inferior do Tejo. Estas três zonas sísmicas são diferentes, mas os efeitos podem ser igualmente devastadores. Os geólogos estão convencidos de que o grande terramoto de 1755, que destruiu a Lisboa barroca, foi provocado pela actividade da falha de São Vicente, sendo esta a mesma responsável pelo sismo da madrugada de ontem. O episódio de Benavente de 1909 está ligado à falha do Vale Inferior do Tejo, por sua vez a principal suspeita dos sismos que atingiram Lisboa em 1858, 1531 e 1344. Há testemunhos de grandes estragos materiais e humanos sobretudo nos dois mais antigos, mas os efeitos foram limitados à capital e arredores. Os sismos açorianos têm grande violência e são frequentes, mas o sistema que os provoca é diferente, tendo a ver com a intersecção entre as placas tectónicas Eurasiática e da América do Norte. Para o conjunto do País, parece ser mais perigosa a actividade da falha de São Vicente. Além da catástrofe de 1755, esta zona parece ter sido responsável por sismos pouco intensos, como o de 1969, mas também por eventos que deixaram marcas de tsunamis, como o que ocorreu no ano 63. O Algarve é vulnerável. Há outras regiões sísmicas menos activas, como Moncorvo e o Vale do Sado.

ONDE NASCEM OS SISMOS QUE ATINGEM PORTUGAL?

Portugal é um país em risco de ser atingido por um tsunami, ou onda gigante produzida pela deslocação de vastas quantidades de terra no fundo oceânico. Há registos de pelo menos dois de grande intensidade, ligados aos terramotos de 1755 e de 63 d.C. que causaram profundos danos, o primeiro matando dezenas de milhares de pessoas. A zona em maior risco de tsunami é o Algarve, mas também a região do estuário do Tejo está sob ameaça. O caso toma maior relevância devido à concentração populacional que agora existe nesta região ameaçada.
 
Na catástrofe de 1755, calcula-se que a maior parte das vítimas terá sido causada pela onda gigante, que chegou ao actual Rossio. Os relatos dos sobreviventes são claros, mencionando o recuo das águas do rio Tejo, a ponto de serem visíveis restos de naufrágios no lodo do fundo. De repente, surgiu a onda, que se abateu sobre a multidão que procurara refugiar-se junto à água.
Este episódio é bem conhecido da ciência, mas tem apenas relatos de sobreviventes, que fazem lembrar as imagens recolhidas quando a onda do sismo de Samatra, de 2004, atingiu a cidade de Banda Aceh.
 
A onda que matou em Lisboa teria dez metros de altura e o tsunami atingiu outros pontos do Atlântico, incluindo Algarve, Canárias, Açores e até Caraíbas. Os relatos do sismo de 1531 também apontam para a ocorrência de uma onda, embora de menor dimensão, mas o suficiente para afundar navios no rio.
 
Sob Portugal paira um perigo ainda mais mortífero, embora teórico e sem precedentes históricos. Alguns geólogos afirmam que uma das vertentes da ilha de La Palma, nas Canárias, poderá (num futuro remoto) entrar em colapso e tombar no oceano. Isto, a acontecer, provocaria um gigantesco maremoto de 50/100 metros de altura. A teoria é controversa, contestada por outros geólogos. A acontecer, seria num prazo de milhares de anos.

QUAIS SÃO OS RISCOS DE TSUNAMI EM PORTUGAL?

Meteo Portugal. A informar e a divulgar desde 2014.
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